segunda-feira, maio 29, 2006

Super Bock Super Rock 2006

Pois é, já passaram os 2 primeiros dias do Super Bock Super Rock, aos quais eu fui. Na noite de quinta dia 25 de Maio, comecei por ver Moonspell, Soulfly, Within Temptation e Korn. O som não estava grande coisa, mas ainda deu para apreciar. A voz da vocalista de Within Temptation deixa qualquer um de boca aberta. Como é que ela consegue aguentar 1h30 sem desafinar um bocado que seja com aquela voz linda?

No dia 26, foi o meu dia!! Sinceramente estava à espera de muito melhor de Deftones e Placebo. Deftones vieram a confirmar que não sabem tocar ao vivo. Placebo já se torna secante ver. Mas os momentos altos da noite foi Alice in Chains, onde pude reviver muitos clássicos da banda!! O vocalista conseguiu nivelar com o falecido Layne Staley e ser um grande espetáculo!

E o outro momento alto da noite, um dos melhores da minha vida até agora, foi Tool!!! O som estava excelente, o espetáculo que deram foi excelente, e conseguiram deixar-me arrepiado durante 1h30!!! Realmente Tool é uma banda à parte... nunca vi coisa assim! Quer queiram quer não, quer gostem quer não, eles são uns excelentes músicos e fazem uma música de arrepiar, que faz parecer que são ainda melhor ao vivo que no albúm!! Põe muitas bandazecas a um canto!

"See you in the fall" :-)

quinta-feira, maio 18, 2006

Altitude Software

Após muitas entrevistas em variadas empresas, para variados cargos, surgiu uma empresa com uma proposta aliciante, a qual aceitei de imediato. Empresas como a Deloitte, Altior do Grupo Altran, Siemens, onde fui a entrevista não souberam aliciar-me com uma proposta tão simpática como a da Altitude Software.

Empresas que ficaram com o meu currículo (sim, semeei o meu currículo em todo o lado, mesmo em bancos franceses como podem ver 3 posts atrás), não vão ter a oportunidade nem a honra de me ter como empregado. Modéstia à parte!

O contrato com esta empresa vem trazer muitas vantagens para mim (para a empresa também), tanto a nível de localização, como a nível de condições que me oferecem, como a nível de responsabilidades na empresa e como é óbvio a evolução de conhecimentos a nível profissional.

Finalmente as coisas começam a correr bem, e tudo volta a encaixar bem, resta de mim dar o meu melhor e fazer com que gostem do meu trabalho.

Não vai haver férias este ano, mas quem corre por gosto não cansa e oportunidades destas não se desperdiçam assim. Quando for a minha hora para descansar hei-de aproveitar ao máximo, até lá...é dar o meu máximo naquele que é o meu primeiro contrato de trabalho. Começa esta etapa nova da minha vida...

quarta-feira, maio 17, 2006

Fato e Gravata

Não é todos os dias que ando de fato e gravata, o que se torna um pouco estranho quando tenho de me apresentar todo pipi. Pessoas que estão habituadas a ver-me "à paisana", vêem-me assim vestido, e sai logo uma quantidade de piropos e comentários à minha pessoa.

Já consegui notar diferenças no atendimento ao público, que em certos sítios se altera bastante. De uma cara carrancuda para uma figura à paisana para uma cara sorridente e cintilante para uma figura fardada com o belo fato.

Que código ético é este, que diferencia as pessoas pela maneira como se vestem? Se não tivermos aspecto de chungas, o tratamento deveria ser diferente? As pessoas que não seguem este código serão menos que os outros que o seguem?

Bem, mas como tou aqui para dar uma no cravo e outra na ferradura, no que toca a entrevistas de emprego compreendo perfeitamente que se tenha de ir assim vestido, até para causar boa impressão perante a pessoa que nos faz a entrevista. Notaria um certo desleixo na minha pessoa caso não me preocupasse com o facto de fazer uma entrevista.

Opinem aí, quero saber as vossas opiniões quanto ao uso do fato e em que circunstâncias deve ser utilizado, etc...

quinta-feira, maio 11, 2006

Na altura em que o Herman tinha piada...

Aqui vai um excerto, quanto a mim, do melhor "sketch" do Herman, em que ele fazia de Batista Bastos:

"BATISTA BASTOS: Estava eu um dia na Brasileira do Chiado e entäo o saudoso Castro Castanheira, que foi quanto a mim, e há que dizer isto com frontalidade, o maior lenhador da língua portuguesa; lá vinha ele, com o seu castor debaixo do braço, o Castanheira naquela sua maneira de ser, marialva a fazer lembrar... o Geraldo Nunes, mais velho mas meu amigo, bom e quanto a isso, há que dizer com frontalidade, um dos símbolos emblemáticos de Lisboa, e um dos seus fundadores, e retorquiu assim: "O retarquismo sublima o Homem e fá-lo atingir o auge na sua proporçäo". Serve isto, para apresentar o meu convidado de hoje, que fez tudo na vida e ao mesmo tempo, näo fez nada. Já perceberam que vou conversar com Orlando Barata. Ó Orlando, tu foste um grande combatente anti-fascista, e isso é ponto assente, mas foste também um bocado fascista, ou näo?

ORLANDO BARATA: Bem eu de facto... o que se passou é que...

BATISTA BASTOS: Desculpa lá, antes de me responderes, eu gostava de te contar aqui uma história curiosa que se passou na redacçäo do Piolho, esse pasquim anti-fascista, de onde saíram grandes jornalistas como o Sousa da Mota Lara, grande amigo meu, o Romäo Branco, mais velho, bom e o genial César Serafim, era genial, há que dizer isto com frontalidade. Certo dia, entrou o Castro Castanheira com o seu castor debaixo do braço e dá de caras com um estagiário que lhe atira: "Estás bom ó Castro?". Eu achei que era importante contar isto. Mas, Orlando, estamos aqui para falar de ti, olha diz-me uma coisa, onde é que estavas no 25 de Abril?

ORLANDO BARATA: Por acaso é curioso referires isso...

BATISTA BASTOS: Tu és um homem de esquerda… és um homem de esquerda, e há que dizer isto com frontalidade, apesar se seres também um pouco fascista; estavas ligado à direita, namoravas Salazar e eras o que a gente chamava na altura um pulha pidesco... Tu foste da PIDE ou näo?

ORLANDO BARATA: Näo, eu...

BATISTA BASTOS: Onde é que estavas no 11 de Março?

ORLANDO BARATA: Bom, no 11 de Março, tem graça, eu...

BATISTA BASTOS: Nessa altura já eras bissexual?

ORLANDO BARATA: Perdäo ó Bastista Bastos...

BATISTA BASTOS: Digo bissexual na medida em que estavas envolvido com a direita e com a esquerda. Eras o que a gente chama uma prostituta política. Eras, de resto, conhecido como a maior puta da política nacional, há que dizer isto com frontalidade, não é?

ORLANDO BARATA: Desculpa lá ó Bastos, mas eu näo estou a gostar, enfim...

BATISTA BASTOS: Olha lá, ó minha porca... onde é que estavas no dia 36 de Setembro, da parte da manhä?

ORLANDO BARATA: Bom, no dia 36 de Setembro, da parte da manhä...ó minha porca?!

BATISTA BASTOS: Porca no sentido de porca fascista, do capital, da ausência de valores. Tu sempre te apresentaste nesse sentido, aliás tu como homem de esquerda assumes essa tua faceta de molúsculo paneleiróide, salazarista pestilento, que ao fim ao cabo eu acho que és uma besta, não é? Há que dizer isto com frontalidade, és uma besta e digo-te isto com o respeito que me mereces.

ORLANDO BARATA: Desculpa lá ó Bastos, mas eu näo posso permitir que tu continues a aviltar a minha pessoa dessa maneira, olha que caralho! Mas enfim... eu vou-me mas é embora, porque isto é sempre a mesma coisa contigo, chiça!... foda-se!... caralho!... Para que é que me convidaste para aqui?!

BATISTA BASTOS: Ó Orlando, vai-te foder, pá!... vai levar dentro da peida!... vai fazer broches a cavalos, cabräo!... Bom, estavamos aqui a noite toda na conversa, há que dizer isto com frontalidade, mas temos que terminar. P'rá semana, aqui estarei para mais um Monólogos Secretos. Bom, mas antes, queria contar-vos uma história que se passou comigo em Paris, em 71, estava eu com o Salgado Matias, outro grande paneleiro, chefe da redacçäo do Furúnculo e mais tarde director da Galocha. Esse anti-fascista, às tantas, entra o Castro Castanheira com o castor debaixo do braço...hum?!... ah! já näo tenho tempo para contar... bem mas esta história de näo ter tempo faz-me lembrar outra história que é a história... hä?!... olha, isto de vocês me estarem a levar faz-me lembrar ainda outra história, que era que eu estava justamente em Peniche... "

quinta-feira, maio 04, 2006

Entrevista por Telefone

Pois é, fui contactado pela Société Générale, para marcar uma entrevista por telefone. Pensava eu que a entrevista ia correr bem, pois já tinha toda a minha experiência na ponta da língua e pronto a debitá-la. No entanto, assim que sou contactado para fazer a dita cuja, sento-me à espera daquilo que me iriam pedir. A senhora que me contacta, congratula-me por ter conseguido chegar àquele nível, e eu feliz da vida agradeci.

Mais uma vez fui apanhado totalmente desprevenido, pelo que a entrevista começa pelo teste do Francês, em que tinha de contar uma experiência de trabalho que tenha tido com uma pessoa de uma cultura diferente e de diferentes países. O meu coração pára. A minha respiração pára. Tudo parou. Que raio, já não falo francês fluente há anos. A minha capacidade de construir frases em francês era praticamente nula. Tramei-me.

Apesar de tudo, o meu francês acabou por se tornar muito básico, o qual não satisfazia as suas necessidades.

"You have a very good french accent, but we can't go through this interview. You have a very good application, that's why we picked you to make this interview, maybe I can redirect your application to somewhere that does not need fluent french"

Pensei que apenas falhando um dos componentes (o Francês) poderia continuar mostrando o resto.

Fiquei triste por ter desaprendido todo o francês que aprendi ao longo da minha vida. Fiquei triste por passar 5 minutos e estar logo à partida eliminado e não ter quaisquer hipóteses de passar a um nível mais acima. Fiquei triste por ter perdido uma oportunidade de ouro de ir para o estrangeiro e ganhar uma experiência invejável. Fiquei triste de não poder ter mostrado aquilo que valia. Fiquei triste de não ter conseguido provar que o meu "querer aprender" sobrepõe-se a todas as barreiras. Fiquei triste.

Acima de tudo, o meu Curriculum Vitae é bom aos olhos de pessoas de outras culturas. Nem tudo é mau. Hei-de conseguir superar estas lacunas.

Enfim, mais uma "aventura" passada ao telefone, que acabou por se desvanecer.

Comentem.